Histórico


O Laboratório de Computação Paralela e Sistemas (COMPASSO) da COPPE/UFRJ foi criado em 1985, até recentemente referenciado como Laboratório de Computação Paralela ( LCP). Nos três primeiros anos, desenvolveu um protótipo de uma máquina Prolog paralela, e nos anos de 1989 a 1990, a equipe construiu o hardware do primeiro computador paralelo no Brasil (NCP I) utilizando o microprocessador Transputer de 32 bits da Inmos para construir um sistema de memória distribuída com 16 nós de processamento. Em 1991, o NCP I foi utilizado para capacitar engenheiros do Departamento de Exploração Sísmica/PETROBRAS em computação paralela como uma alternativa ao uso de supercomputadores da época. De 1994 a 2000, o laboratório desenvolveu o computador paralelo NCP 2 , no qual a arquitetura do NCP I foi estendida com um novo hardware auxiliar que dava suporte à computação paralalela baseada no modelo de memória compartilhada distribuída, e ao mesmo tempo ampliar a capacidade de processamento utilizando os novos chips Inmos T9000 e Intel i860 XP de maior capacidade computacional.

A partir de 1998, com a crescente disseminação das redes locais e Internet, a equipe do COMPASSO iniciou o desenvolvimento de infraestrutura para aplicações escaláveis. Em particular, desenvolveu as novas técnicas Cooperative Video Cache (CVC) e Colapsed CVC para distribuição de VoD (Vídeo on Demand) (projeto SMAD (1999-2000) e REMAV-RJ. Nos anos seguintes (2004-7), foram construídos servidores de baixo custo, eficientes, confiáveis e portáveis para serviços WEB, destacando-se a plataforma Java distribuída (cJava) com o padrão Tomcat/JOnAS (Java Open Application Server). Os protótipos foram testados em ambientes de produção (projeto SEMSAÇÃO).

De 2005 em diante, tornou-se imperativo o acesso aos sistemas WEB através de dispositivos sem fio com tecnologia WiFi, atendendo a requisitos definidos de segurança e de qualidade de serviço. Nesta direção, foram desenvolvidos os projetos TRAVIS-QoS (2005-7), ORLA DIGITAL (2008-9) e WEBE (2009-10). Concomitantemente, a equipe iniciou P&D em redes móveis sem fio, incluindo rede de sensores sem fio para controle ambiental, cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas e empresas. Como um importante resultado, duas patentes foram depositadas em 2006 e 2007. Posteriormente, os pesquisadores do COMPASSO desenvolveram a técnica D1HT (Distributed Hash Table) altamente eficiente, para sistemas de arquivos distribuídos de grande escala utilizados em centros HPC (High Performance Computing) e na Internet. Também, avançaram no desenvolvimento de clusters de computadores energeticamente-eficientes e na área de arquiteturas de IAAS para computação na nuvem.

Mais recentemente, a equipe propôs e desenvolveu um original protocolo para redes oportunísticas, denominada RADNETs com aplicações em Monitoramento Ambiental, Redes Veiculares e internet das Coisas, Indústria 4.0 e Segurança da Informação. A principal característica das Radnets é não depender de infraestrutura de rede fixa e poder operar com protocolos convencionais IP. Atualmente a RADNET oferece uma versão para Android/Linux, e é utilizada em projetos de colaboração com outros grupos nacionais em áreas importantes de aplicação: Datacenters, Telemedicina, Controle ambiental, Redes veiculares e Veículos Áereo Nâo Tripulado (VANTs). .